domingo, 27 de setembro de 2009

lost in translation é

estar struggling de saudade ...

terça-feira, 22 de setembro de 2009

é o fim (do fim de semana)

Não consigo compreender por que pedem, durante os avisos que antecedem os filmes no cinema, para que desliguem os pagers antes da sessão começar. Com essa febre de blackberries e iphones da vida, quem será o dinossauro que ainda usa um pager para receber mensagens?

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Outra coisa que me confunde a cabeça durante os avisos:
"em caso de emergência, mantenha a calma"

sempre soa para mim como:

"em caso de emergência, não tenha calma"

Essa alucinação auditiva começou quando fui pela primeira vez no cultuado cinesesc assistir ao super longa-metragem (super porque tem 9 horas de duração, divididas em 3 partes) Tulse Luper Suitcases, de Peter Greenaway.

Depois deste filme, nunca mais escutei a frase da mesma maneira.
Estranho.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

entre agora e daqui a pouco

Por conta de um certificado que foi emitido cheio de erros, aliás terríveis, tive que fazer a troca de um documento errado por um correto e mais atualizado. Quando recebi o envelope contendo a papelada velha não me dei conta de que havia um cartão junto, provavelmente porque a obra foi dada de presente a alguém. Claro que não resisti a tentação de abrir e ler. Yes, I'm a bit Maria Helena.

Um cartão, enviado de filho para pai, falando sobre a sensação de ser filho/pai no dia dos pais. Achei meigo e resolvi copiar um trecho do bilhete, sem editar possíveis erros de concordância:

"Que grande dia será domingo. Sei que vou passar por isso daqui umas décadas. Chegar no dia que deixamos de ser filho pra ser pai, de deixarmos de sermos protegidos para proteger. E com vc sinto tudo isso desde o primeiro dia, o amor, o acalanto, a sensação de estar protegido."

Não sei muito bem se todos os pais protegem e todos os filhos são protegidos. Acho que essas relações são bastante relativas - tem filho por aí que protege mais que muito pai. E muito pai que é protegido, mas enfim...
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Não tão agradável assim foi o acidente que vi, melhor dizendo, ouvi hoje pela manhã. Estava a caminho do ponto de ônibus dobrando a esquina da Augusta, quando ouvi o barulho de uma forte pancada: POW!

Uma mulher atravessou a rua e foi atingida por uma moto. Caiu torta no asfalto, seu salto foi parar do outro lado da pista, ela se contorcia de dor. Todo mundo parou em volta: algumas pessoas fotografavam a cena, outras se aglomeravam em cima da vítima como se fossem moscas em cima de um polpudo bolo de chocolate. E ainda outras tentavam mantê-la acordada fazendo perguntas.

Por um momento pensei em ir la falar com ela mas como já tinha muita gente, resolvi apenas mentalizar um mantra e seguir pro trabalho.

Por uma fração de segundos senti de forma mais aguda a fragilidade de estar vivo. Percebi também que não deveríamos ter tanta pressa pra fazer as coisas. Viver é fácil - difícil é saber viver.

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Abertura sábado aqui na galeria com uma proposta bastante incomum: transferir parte do acervo para o meio da sala de exposição.

Inteligente, bem humorado, subversivo, irônico. É isso o que vejo quando olho pra montagem.


sábado, 5 de setembro de 2009

momento filosófico com carlitos, o mestre

"Ninguém é tão bom que não possa ser ruim - nem tão ruim que não possa ser bom."