quinta-feira, 26 de novembro de 2009
mas ainda assim é estranho ...
... saber com antecedência que sentirás falta daquilo que tanto te incomodou durante certo tempo ...
suspensão
Faltam dois dias para a viagem e simplesmente não consigo pensar em nada. Ou quase nada. Antes de sair o visto estava bastante ansiosa, fiquei até com inflamação na garganta e outras coisas, é nessas horas que sinto como o estado mental influencia na saúde de um modo geral. Nervosa, cai a tua resistência e você fica doente com mais facilidade. Enfim, passada essa fase e recuperada, voltei minha atenção aos preparativos da viagem selecionando tudo aquilo que acho necessário e relevante levar na mala: roupas, sapatos, livros, música, computadores e outras coisas que não quero me preocupar em procurar por la.
Fiz mais uns exames de rotina, daqueles que deveríamos fazer uma vez ao ano - preventivos e muito importantes. Tudo ok - tirando uma sequelazinha que ficou daquela amebíase que peguei na India mas que da pra tratar com remédio e uma outra coisinha inesperada mas que não é grave, coisa de mulher: bicho estranho e hormonal.
Agora em fase de despedidas - nada de festas, só almoços e jantares e sorvetes e passeios para dar um até logo/te vejo em breve. De fato a duração do visto é de 9 meses mas sabe-se lá o que vai acontecer, de repente fico mais um tempo. Ou não, só saberei quando for.
Não saber o que vai acontecer dá todo um sabor especial a essa nova aventura. Vai ser muito bom reencontrar Steve e ficar com ele esse tempo. Nunca morei com alguém assim, mais que um mês e acho que vamos nos sair bem, ele é um cara tranquilo. Além do mais, vamos repartir a casa com mais gente - o que a primeira vista pode parecer ruim mas na minha opinião deverá ser positivo. Primeiro porque é mais barato, segundo porque servirá como laboratório entre morar sozinho/com os pais e sozinho/com teu parceiro. Daí se a gente realmente se aturar e decidir juntar as escovas de dentes podemos procurar um cafofinho só nosso.
...
Engraçado é saber de antemão que sentiria essa oscilação de pensamentos e posições. Há um mês atrás pensava que não iria mais aguentar tanta ansiedade, saudade do Steve e morar com meus pais agora faltando dois dias sinto que vou sentir tanta falta deles, dos gatos, da vizinhança e ainda, aquele friozinho na barriga que antecede grandes mudanças.
Antes de resolver que seguiria com esse plano pensei muitas vezes em todas as coisas que essa decisão implicaria; mas como acredito estar bem habituada com mudanças e por ter desenvolvido certo desprendimento em relação a aspectos domésticos, ta tranquilo.
Mas esse friozinho é gostoso e imprime certo movimento a vida. E gosto muito. Estou contente e empolgada com tudo isso que está por vir.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
nothing more / i give faith
Ufa! depois de um primeiro pedido recusado, nervosismo e muita dor de garganta finalmente posso comemorar: o visto saiu! eeeeeeeee \o/
Realmente ficou faltando provar que a grana estava na conta pelo período mínimo, que meu pai é de fato meu pai e todos os carimbos, cópias juramentadas, firma reconhecida e autenticações. Foi um sufoco danado mas no final valeu a pena porque foi muito bom receber um sedex 10 de manhã com meu passaporte ostentando um belo visto de entrada para o Reino Unido.
Agora vou começar a separar as coisas que quero levar porque em duas semanas pego um avião para Londres! iupiiiiiiii
\o/
Realmente ficou faltando provar que a grana estava na conta pelo período mínimo, que meu pai é de fato meu pai e todos os carimbos, cópias juramentadas, firma reconhecida e autenticações. Foi um sufoco danado mas no final valeu a pena porque foi muito bom receber um sedex 10 de manhã com meu passaporte ostentando um belo visto de entrada para o Reino Unido.
Agora vou começar a separar as coisas que quero levar porque em duas semanas pego um avião para Londres! iupiiiiiiii
\o/
terça-feira, 10 de novembro de 2009
endossa
Fica bem aqui perto de casa. Endossa é uma loja colaborativa muito legal, sempre tem umas coisinhas descoladas e os preços são justos. Funciona mais ou menos assim: a pessoa aluga um box na loja e expõe seus produtos. Aí de acordo com as vendas e a demanda por um determinado item, ou vários, o box continua ali. As marcas que saem dão lugar a outras novas que aguardam em uma lista de espera.
PS. Clica ali no título do post.
PS. Clica ali no título do post.
E também não sou esquimó
Já me acostumei as reações de algumas pessoas quando, em ocasiões que envolvem comida, me perguntam quase que embasbacadas "ah... você não come carne? mas peixe come né?" e a resposta é um não, tímido e contido. Não, pois peixe pra mim é carne também.
Isso tudo começou uns cinco anos atrás, quando comecei a praticar Yoga de verdade, a frequentar satsangas, workshops e cursos no centro em Porto Alegre. Ninguém nunca me disse que não poderia praticar se ingerisse carne, mas a orientação era pra realmente diminuir, principalmente a vermelha pois é prenhe de toxinas. Não precisei fazer esforço algum pois curiosamente meu próprio organismo começou a rejeitar carne depois de algum tempo de prática. Lembro de uma tarde quente, acho que fazia uns 40 graus, era verão e depois do almoço me senti muito pesada. Acho que foi a última vez que comi carne vermelha, ficava só no franguinho grelhado ou peixe, sushi e sashimi na maioria das vezes.
Aí um pouco depois disso li algo a respeito dos hormônios que são colocados na ração dos frangos quando eles são pequeninos nas granjas: eles comem, crescem rápido e são abatidos. Isso tudo em um período muito mais rápido que o normal. Também parei, comecei a achar o gosto muito estranho e me sentia constrangida em fazer parte deste ciclo.
Sobrou o peixe. Meu favorito era salmão, principalmente cru, com bastante gengibre, wasabi e shoyu. Era impossível pensar em um dia abdicar deste incrível alimento, saboroso e ultra nutritivo. Ora essa, afinal peixe não sofre, tem de monte e ah, nós humanos somos os mais evoluídos então por que deveríamos nos preocupar com animais, não é mesmo?
Aí um belo dia, se não me engano setembro do ano passado, estava no trabalho e pedi um temaki de salmão, cebolinha, cream cheese e amêndoas torradas, um dos favoritos. Fiquei enjoada o dia inteiro arrotando peixe, um horror, não sei como aquilo foi acontecer. Acho que foi uma falta de sorte porque nunca havia passado mal com sushi. Mas a partir daí também não comi mais peixe algum ou camarão ou qualquer coisa do tipo e admito que não sinto falta nenhuma, por incrível que pareça. Não me sinto fraca, desnutrida ou anemica.
Depois de aprender algumas coisas no Yoga, sobre prana e alimentação vegetariana; depois de assistir alguns filmes/documentários que mostram matadouros, granjas e desequilibrios ecológicos; depois de ter passado mal fisicamente ao comer; perceber quanto desperdício e sofrimento estão envolvidos na matança e consumo de carne, que não é essencial a nossa saúde; fui para a India e não vi ninguém morrendo por ser vegetariano (a água daí já é outro problema) enfim, depois dessas coisas todas me sinto cada vez menos inclinada a colocar um pedaço que seja na boca.
Claro que considero importante respeitar a opinião alheia, cada um é livre para fazer aquilo que quer e gosta, mas acredito mais ainda em algum senso de responsalidade por nossos atos. E se participamos de algo é porque, de certa maneira, em graus diferentes, concordamos com aquilo. E eu não apoio matança, crueldade e desperdício.
Esse é um tema que sempre gera discussão, cada qual com seu embasamento. Confesso que na maioria das vezes poderia e deveria ter mais paciência ao expor os motivos, que para mim são absurdamente óbvios e claros.
...
Trata-se de uma outra consciência planetária, saca? ;)
...
Mas como nem tudo são flores, o namorado é o maior carnívoro da paróquia e eu gosto dele exatamente assim.
Isso tudo começou uns cinco anos atrás, quando comecei a praticar Yoga de verdade, a frequentar satsangas, workshops e cursos no centro em Porto Alegre. Ninguém nunca me disse que não poderia praticar se ingerisse carne, mas a orientação era pra realmente diminuir, principalmente a vermelha pois é prenhe de toxinas. Não precisei fazer esforço algum pois curiosamente meu próprio organismo começou a rejeitar carne depois de algum tempo de prática. Lembro de uma tarde quente, acho que fazia uns 40 graus, era verão e depois do almoço me senti muito pesada. Acho que foi a última vez que comi carne vermelha, ficava só no franguinho grelhado ou peixe, sushi e sashimi na maioria das vezes.
Aí um pouco depois disso li algo a respeito dos hormônios que são colocados na ração dos frangos quando eles são pequeninos nas granjas: eles comem, crescem rápido e são abatidos. Isso tudo em um período muito mais rápido que o normal. Também parei, comecei a achar o gosto muito estranho e me sentia constrangida em fazer parte deste ciclo.
Sobrou o peixe. Meu favorito era salmão, principalmente cru, com bastante gengibre, wasabi e shoyu. Era impossível pensar em um dia abdicar deste incrível alimento, saboroso e ultra nutritivo. Ora essa, afinal peixe não sofre, tem de monte e ah, nós humanos somos os mais evoluídos então por que deveríamos nos preocupar com animais, não é mesmo?
Aí um belo dia, se não me engano setembro do ano passado, estava no trabalho e pedi um temaki de salmão, cebolinha, cream cheese e amêndoas torradas, um dos favoritos. Fiquei enjoada o dia inteiro arrotando peixe, um horror, não sei como aquilo foi acontecer. Acho que foi uma falta de sorte porque nunca havia passado mal com sushi. Mas a partir daí também não comi mais peixe algum ou camarão ou qualquer coisa do tipo e admito que não sinto falta nenhuma, por incrível que pareça. Não me sinto fraca, desnutrida ou anemica.
Depois de aprender algumas coisas no Yoga, sobre prana e alimentação vegetariana; depois de assistir alguns filmes/documentários que mostram matadouros, granjas e desequilibrios ecológicos; depois de ter passado mal fisicamente ao comer; perceber quanto desperdício e sofrimento estão envolvidos na matança e consumo de carne, que não é essencial a nossa saúde; fui para a India e não vi ninguém morrendo por ser vegetariano (a água daí já é outro problema) enfim, depois dessas coisas todas me sinto cada vez menos inclinada a colocar um pedaço que seja na boca.
Claro que considero importante respeitar a opinião alheia, cada um é livre para fazer aquilo que quer e gosta, mas acredito mais ainda em algum senso de responsalidade por nossos atos. E se participamos de algo é porque, de certa maneira, em graus diferentes, concordamos com aquilo. E eu não apoio matança, crueldade e desperdício.
Esse é um tema que sempre gera discussão, cada qual com seu embasamento. Confesso que na maioria das vezes poderia e deveria ter mais paciência ao expor os motivos, que para mim são absurdamente óbvios e claros.
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Trata-se de uma outra consciência planetária, saca? ;)
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Mas como nem tudo são flores, o namorado é o maior carnívoro da paróquia e eu gosto dele exatamente assim.
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