terça-feira, 9 de junho de 2009

sab kuch milega (ou tudo é possível)


Em meu penúltimo dia em Pushkar, visitei um templo Sikh muito bonito, perto do hotel. Não sei nada sobre essa tradição mas pude entender que não se adora nenhuma imagem e todos devem cobrir suas cabeças. Um religioso que estava la me explicou que o cabelo é um presente de Deus e por isso não se corta nunca. De tarde fui andar de camelo no deserto. Conheci duas francesas adoráveis: Corinne (a mãe) e Zoe (a filha). Elas moram no Tamil Nadu há mais ou menos um ano.

Realmente admiro as pessoas que sabem montar animais. Senti um pouco de medo no início, ainda mais depois que Kamal (o homem do camelo) disse que Gopal (o camelo) recebe todo dia uma certa quantidade de água, vegetais e bhang (Deus ou cannabis). Entoei um mantra e relaxei. Assistimos ao por do sol no deserto e infelizmente minha câmera pirou com o calor.
Tenho uma teoria sobre isso: algumas vezes simplesmente não é possível fotografar certos momentos. Há ocasiões especiais em que por algum motivo não sabido as câmeras ou não estão por perto ou não funcionam. E você deve registrar com o olho da mente.

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Foi meio triste deixar Pushkar e o pessoal que me tratou tão bem. Raj tentou me seduzir algumas vezes mas eu resisti bravamente, afinal meu coração anda mesmo por outros lugares agora.

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Peguei um ônibus para Haridwar, uma outra cidade de peregrinação - onde o Ganges começa. Quero assistir a um arati na beira do rio de tarde, descansar e tentar consertar a câmera. Pretendo passar 10 dias no Sivananda's Ashram de Rishikesh, ha uma hora daqui, depois voltar para Delhi e me preparar para voar para Paris novamente.
E antes fazer umas comprinhas também. Aliás estou pensando seriamente em um futuro não muito distante abrir um comércio de exportação. Quem sabe não viro uma grande empresária?

Sab kuch milega!

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enfim ...